Coluna

Dor ciática é bastante frequente mas pode ser prevenida

Atualizado: 
06/12/2019 - 12:59
A dor ciática não é uma doença mas antes um sintoma e, apesar de ser pouco frequente acometer faixas etárias mais jovens, é um problema bastante frequente, estimando-se que atinja até 40% da população. Embora pareça inevitável com o avançar da idade, saiba que há formas de a prevenir!

O que é o nervo ciático?

O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano. Ele estende-se desde a região lombar,  percorrendo a nádega, a perna e o pé. É ele que possibilita o movimento dos músculos do membro inferior, permitindo o movimento das articulações dos membros inferiores, além de ser responsável pela parte sensitiva.

A dor no nervo ciático, à qual comummente chamamos de “ciática”, é provocada por inflamação ou dano e pressão da coluna sobre este nervo. Geralmente, os anéis que circundam os discos lombares rompem-se com o aumento da pressão, o núcleo escapa para o interior do canal e comprime ou inflama o nervo, provocando dor.

Como se manifesta a dor ciática?

Embora os sintomas possam variar consoante as raízes do nervo afetadas, os mais comuns são a dor provocada pela inflamação do nervo, perda da sensibilidade ou redução dos reflexos da região atingida; diminuição da força muscular; formigueiro ou sensação de queimadura; dor que irradia da coluna lombar para a região posterior da coxa ou da perna; aumento das dores em pé ou sentado; e intensificação da dor com flexão do tronco.

No entanto, é importante esclarecer que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e que estes habitualmente pioram durante a noite. A dor ciática pode estar ainda associada à dor lombar e embora possa melhorar ao fim dos alguns dias é importante consultar o médico.

Os sintomas afetam tanto homens quanto mulheres e podem agravar com a idade, uma vez que o desgaste das estruturas da coluna vertebral pode comprometer a medula espinal e as raízes que dão origem aos nervos.

Quais as principais causas?

As causas mais comuns para a compressão do nervo ciático e o surgimento de processos dolorosos são as hérnias discais, tumores, aperto do canal da coluna lombar, fraturas por pressão (provocando deslizamento das vértebras), traumas, anomalias congénitas, osteoartrite, síndrome do músculo piriforme (um espasmo muscular que comprime o nervo ciático).

No entanto, sabe-se que o sedentarismo, a obesidade, a história prévia de dores lombares e as más posturas ou esforços excessivos são importantes fatores de risco para esta condição. Por isso, comece já a prevenir:

  1. Pratique desporto. É importante que se mexa, mas que o faça com orientação especializada. O reforço da musculatura da zona lombar é essencial para evitar qualquer tipo de lesão. Além disso, ajuda a prevenir a obesidade!
  2. Adote uma postura correta. Quando estiver sentado, certifique-se que as costas estão completamente apoiadas na cadeira e os pés bem assentes no chão. Se trabalha à secretária, siga estas regras e mantenha o pescoço direito, não esquecendo que é importante ir mudando de posição para flexibilizar os músculos e as articulações.
  3. Tenha atenção ao seu calçado. O calçado deve ser confortável e os saltos adaptados a cada um.
  4. Cuidado com os pesos. Deve evitar pegar em pesos, mas se o tiver de fazer não se esqueça de fletir as pernas e contrair o abdómen, mantendo a coluna direita. Lembre-se ainda de repartir o peso pelas duas mãos.  

Como se trata a dor ciática?

Considerando a dor ciática como um sintoma, o tratamento passa pela resolução das causas que provocam a dor.

No entanto, a primeira medida terapêutica aconselhada é o repouso. Os anti-inflamatórios só devem ser utilizados por indicação médica e são recomendados para combater a inflamação do nervo ciático. Em alguns casos, os relaxantes musculares podem ajudar.

Após o diagnóstico, a fisioterapia ou a prática de exercício físico pode ser recomendada alguns doentes.

Noutros casos, e se a origem da compressão do nervo ciático, por exemplo, passar pela existência de uma hérnia discal, o tratamento recomendado é a cirurgia.

 

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Fonte: 
Paincare
Rota da Saúde
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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