Doença isquémica do coração: uma luta sem descanso
Estes resultados são fruto de um trabalho continuado, nas últimas décadas, de melhor prevenção, diagnóstico e tratamento, com destaque para o modelo de resposta organizada no Enfarte Agudo do Miocárdio – a Via Verde Coronária. É obrigação de todos manter o que conseguimos e melhorar ainda mais. Neste campo, são notórias as assimetrias territoriais, com uma zona do território continental – a zona interior centro – que ainda não dispõe de Unidade de Intervenção capaz de efetuar angioplastia coronária na fase aguda de enfarte. Dizemos repetidamente que no enfarte do miocárdio, “tempo é músculo cardíaco” e qualquer atraso no tratamento por incapacidade de resposta atempada traduz-se em sequelas de que a insuficiência cardíaca pode ser das mais temíveis.
Outro tema a merecer a maior atenção, é a do transporte secundário de doentes críticos (entre um hospital de menos recursos e um hospital com maior diferenciação técnica) em que a ausência de modelo organizativo leva a atrasos irrecuperáveis com consequente risco para os doentes.
Orgulhosos do já conseguido neste campo, não podemos baixar a guarda. Temos que manter o que de bom já foi feito e realizar com eficácia o que falta fazer.