Doença Neurodegenerativa

Doença de Parkinson: o que precisa saber

Atualizado: 
11/04/2023 - 10:27
Ocorre tipicamente na 5.ª e 6.ª décadas de vida e estima-se que afete cerca de 1% da população com mais de 60 anos – a Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente.

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso, especificamente a área do cérebro que controla o movimento. A DP é caracterizada por uma perda de células produtoras de dopamina na substantia nigra, uma região do cérebro que desempenha um papel chave na regulação do movimento. Como resultado, as pessoas com a Doença de Parkinson experimentam uma série de sintomas que podem ter um impacto profundo na sua vida quotidiana.

Sintomas:

Os sintomas da DP podem variar muito de pessoa para pessoa, e podem desenvolver-se gradualmente ao longo do tempo. Os sintomas comuns da DP incluem:

  • Tremores;
  • Rigidez;
  • Movimento lento;
  • Dificuldade com equilíbrio e coordenação.

Algumas pessoas com DP podem também apresentar sintomas não motores, tais como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, e perturbações cognitivas.

É também frequente registar-se problemas de deglutição, incontinência, obstipação, fadiga, dor, disfunção sexual, perda de olfato, perda de memória ou perturbações da tensão arterial.

À medida que a doença progride, os sintomas podem tornar-se mais graves, levando a dificuldades com as atividades diárias e a uma qualidade de vida reduzida.

Fatores de risco:

Embora a causa exata da doença seja desconhecida, os investigadores identificaram vários fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da patologia. Estes fatores de risco incluem a idade, genética, e fatores ambientais.

  • Idade: O risco de desenvolvimento da Doença de Parkinson aumenta com a idade, e a maioria das pessoas são diagnosticadas após os 60 anos de idade. No entanto, uma pequena percentagem de pessoas desenvolve a doença numa idade mais jovem.
  • Genética: Embora a maioria dos casos sejam esporádicos, o que significa que não são herdados, existem algumas mutações genéticas que aumentam o risco de desenvolvimento da doença. A mais comum destas mutações é no gene LRRK2.
  • Fatores ambientais: A exposição a determinadas toxinas ambientais, tais como pesticidas e herbicidas, tem sido associada a um risco acrescido de Doença de Parkinson.

Como a causa da doença de Parkinson é desconhecida, não existem formas comprovadas de prevenir a doença.

Algumas investigações demonstraram que o exercício aeróbico regular pode reduzir o risco da doença de Parkinson.

Outras, mostraram que as pessoas que consomem cafeína contraem a doença de Parkinson com menos frequência do que as que não a consomem. O chá verde está também relacionado com um risco reduzido de desenvolver a doença de Parkinson. No entanto, ainda não se sabe se a cafeína protege contra a doença de Parkinson ou se está relacionada de alguma outra forma. Atualmente não existem provas suficientes que sugiram que beber bebidas com cafeína proteja contra a doença de Parkinson.

Fontes:

https://www.cuf.pt/saude-a-z/doenca-de-parkinson

https://spdmov.org/doenca-de-parkinson/

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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