Doença Mental

Desmistificar a Esquizofrenia: fique a par de alguns dos mitos mais frequentes

Atualizado: 
21/07/2020 - 16:30
Embora seja uma doença relativamente comum, ainda há persistem vários mitos associados à Esquizofrenia: uma doença mental crónica que, quando devidamente diagnosticada e tratada, possibilita a recuperação e integração destes doentes na sociedade. Neste artigo, damos-lhe a conhecer alguns mitos.

Pessoas com esquizofrenia apresentam todas os mesmos sintomas. MITO

A esquizofrenia é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas heterogéneos e que variam consoante os subtipos da doença. Não há, portanto, dois doentes iguais!

Pessoas com esquizofrenia são perigosas e imprevisíveis. MITO

Apesar de na esquizofrenia estarem presentes delírios e alucinações que podem levar a um comportamento violento ou desajustado, a maior parte dos doentes não são violentos ou perigosos. Há, aliás, estudos que demonstram que as pessoas com esquizofrenia não são mais perigosas do que a restante população!

Esquizofrenia é uma alteração de personalidade, é “feitio”. MITO

Embora algumas das características da doença, como falta de iniciativa, lentificação do pensamento ou das ações, possam ser incorretamente entendidas pelos outros como defeitos de feitio ou de carácter, a Esquizofrenia é uma doença mental complexa cuja natureza ainda não é bem compreendida.  

A esquizofrenia é uma doença rara. MITO.

Estima-se que a Esquizofrenia afete 1 em cada 100 pessoas, ao longo da vida, sendo mais comum do que se pensa.

 A esquizofrenia evolui rapidamente. MITO

A esquizofrenia é uma doença que se desenvolve geralmente de forma progressiva, cujos sintomas se começam a instalar durante a adolescência e/ou início da idade adulta. Numa fase inicial, os sintomas podem não ser todos evidentes, existindo várias fases da doença que são um continuum.

A esquizofrenia é uma doença genética. MITO

Embora vários estudos indiquem que, em gêmeos homozigóticos (que partilham um genoma idêntico), a probabilidade de desenvolver a doença é de 48%, sabe-se que existem outros fatores, como eventos stressantes ou o ambiente familiar, que desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença.

As pessoas com esquizofrenia têm que estar internadas. MITO

Em alguns casos, e no decurso da doença, poderá haver a necessidade de internamento. No entanto, a adesão à terapêutica e ao seguimento em consulta são fundamentais para a estabilização da doença, prevenindo a recorrência dos sintomas.

As pessoas com esquizofrenia são incapazes de ter uma vida produtiva. MITO

Apesar do impacto que a doença tem em termos de funcionamento, as intervenções são mais abrangentes incluindo, para além da terapêutica farmacológica, abordagens reabilitativas em centros especializados.

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Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Fonte: 
saúdemental.pt
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Pixabay