Demência frontotemporal: um tipo de demência raro que afeta pessoas mais jovens
Os lobos frontais do cérebro são responsáveis por funções executivas, tais como a tomada de decisões, o planeamento e a resolução de problemas. Os lóbulos temporais, por seu lado, são importantes para a compreensão da linguagem e formação da memória. Na demência frontotemporal estas regiões do cérebro sofrem degeneração, levando a uma perda de capacidades cognitivas e comportamentais. As causas ainda não são completamente compreendidas, mas estima-se que as mutações genéticas e a acumulação anormal de proteínas no cérebro são fatores significativos para o seu desenvolvimento.
Embora possa ocorrer em pessoas de todas as idades, este tipo de demência é tipicamente diagnosticado em pessoas entre os 45 e os 65 anos de idade. Não obstante, poder ser identificada em faixas etárias mais baixas, entre os 20 e os 30 anos.
Os sintomas iniciais podem incluir alterações na personalidade e comportamento, tais como apatia, desinibição, e afastamento social. Os indivíduos podem também apresentar dificuldades em tomar decisões, impulsividade e dificuldade com a linguagem, incluindo dificuldade em encontrar palavras, compreender frases e expressar-se coerentemente.
À medida que a doença progride, os doentes podem sofrer novos declínios nas funções cognitivas e comportamentais, incluindo a perda de empatia, a perda de emoções e a falta de higiene. Podem também experimentar mudanças nos hábitos alimentares, nos padrões de sono e na mobilidade, podendo até necessitar de cuidados e assistência a tempo inteiro em atividades básicas da vida diária.
Atualmente, não existem medicamentos aprovados especificamente para o tratamento deste tipo de demência. Contudo, alguns medicamentos utilizados para tratar outras formas de demência, tais como inibidores da colinesterase, podem proporcionar algum alívio sintomático. Outros tratamentos, tais como terapia cognitivo-comportamental e terapia da fala, podem também ser benéficos na gestão dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com demência frontotemporal.
Para além da medicação e terapia, há também mudanças no estilo de vida que podem ajudar a gerir os sintomas da doença, como seguir uma dieta saudável, a prática de exercício regula, o envolvimento em atividades sociais e, mais importante, a manutenção de uma rotina consistente.
Referências: