Corticoides: o que precisa de saber
Os corticoides são utilizados num vasto leque de doenças reumáticas habitualmente em baixa dose como na artrite reumatoide, artrite psoriática, polimialgia reumática, e outros tipos de artrite, noutras doenças do tecido conjuntivo em que se podem usar doses mais elevadas (como no lúpus, miosites e vasculites) e noutras patologias como a sarcoidose, uveíte, psoríase, eritema nodoso e doença inflamatória intestinal, entre outras doenças.
Se utilizados de acordo com as indicações do médico, os corticoides são medicamentos seguros e essenciais numa estratégia definida pelo reumatologista. Como todos os medicamentos podem, no entanto, provocar alguns efeitos adversos, dependendo da dose administrada e da duração do tratamento.
Os efeitos secundários mais frequentes são o aumento de peso, dos níveis de açúcar no sangue e da tensão arterial, irritabilidade, fragilidade cutânea, fraqueza muscular e osteoporose. Os corticoides podem ainda mascarar alguns dos sinais de infeção e aumentar o risco de infeções. Neste sentido, é importante a monitorização do açúcar no sangue (glicémia), da tensão arterial e de possíveis sinais de infeção.
Quando utilizados mais do que duas semanas, os corticoides não devem ser suspensos de forma abrupta ou sem vigilância médica. Por isso, se os estiver a tomar em doses mais elevadas e/ou de forma prolongada, o plano de diminuição da dose, deve ser estabelecido com o seu médico.
Os efeitos dos corticoides são dependentes da dose com que se usam bem como do tempo de duração do uso, devendo todos estes aspetos serem discutidos por si com o seu reumatologista assistente.
Sabia que…
- A toma de corticoides é habitualmente matinal, mas quando tomados em doses mais elevadas, pode ser dividida em duas ou mais tomas.
- Os doentes que tomam corticoides devem aumentar a ingestão de produtos ricos em cálcio, como os lacticínios e os vegetais, e podem necessitar de suplementos de cálcio e vitamina D.
- São fármacos com indicações muito específicas, que podem causar efeitos secundários, pelo que a sua prescrição e toma deve ser sempre orientada pelo médico reumatologista.