(Con)viver com a Enxaqueca
Enxaqueca ou dor de cabeça?
Uma crise de enxaqueca não é o mesmo que uma dor de cabeça. São episódios distintos e não devem ser confundidos. Uma enxaqueca começa, de facto, com dores pulsáteis ou latejantes fortes, num dos lados da cabeça. No entanto, traz consigo outros sintomas como náuseas, vómitos e intolerância a estímulos como a luminosidade, o ruído ou os odores. Além destes sintomas podem ocorrer alterações temporárias na visão, formigueiro ou dormência, bem como dificuldade na compreensão e na articulação de palavras. Os episódios de enxaqueca podem durar até três dias.
(Con)viver com a enxaqueca
Viver com enxaqueca é limitador, mas essas limitações podem ser superadas através de algumas estratégias de prevenção e antecipação.
Apesar de imprevisíveis e com diferente impacto de indivíduo para indivíduo, há comportamentos comuns com tendência a provocar episódios. São eles o stress (que deve passar a ser controlado), alguns estímulos sensoriais como luzes fortes, sons altos e odores intensos (que devem ser evitados) e desajustes no ritmo de vida (que devem ser regrados, especialmente os períodos de descanso). A quantidade, a qualidade e a periodicidade da dieta também podem contribuir para despoletar uma crise de enxaquecas, a par do bem-estar emocional e da medicação. Aconselha-se uma gestão cuidada da terapêutica e atenção à saúde mental (deve procurar-se ajuda, sempre que necessário), uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico e de técnicas de relaxamento.
Quem é mais afetado?
Estima-se que a enxaqueca afete cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo. As mulheres têm três vezes mais probabilidade de sofrer de enxaquecas, sobretudo se estiverem em idade fértil (grande parte das mulheres tem crises perto da menstruação). A estatística mostra que uma em quatro mulheres vai sofrer de enxaqueca ao longo da vida. Caso tenham familiares próximos na mesma situação, a probabilidade é maior, especialmente se estes familiares forem as suas mães. Alterações como a gravidez ou a menopausa podem acalmar os sintomas, na mulher. No entanto, no pós-parto, estima-se que 25% das mulheres terão um episódio no prazo de duas semanas, e que até 50% terá uma crise durante o primeiro mês.
Não está só, informe-se e troque experiências
Quando bem usada, a internet pode ser uma fonte rica de informação. Lá pode encontrar dicas, ler testemunhos e ficar a perceber mais sobre esta doença. Procure sites fidedignos, validados por especialistas, como portal da associação Migra ou site Viver sem Enxaqueca.
Neste percurso complicado que é o tratamento e o controlo da doença, serão certamente um importante apoio.