Como envolver os mais novos no cuidado dos seus pets
O Natal está a chegar, com toda a magia que acompanha a época. E se todos procuramos presentes originais, alguns deles podem trazer também novas rotinas e dinâmicas familiares que exigem uma maior adaptação de todos, como é o caso da adoção de um animal de estimação. Esta é, sem dúvida, uma decisão que traz uma grande felicidade para todas as pessoas, mas que exige também um enorme sentido de responsabilidade e compromisso por parte de quem adota e vai conviver com o pet.
Com a integração de um pet na família, há a necessidade de readaptar rotinas, seja através de novos hábitos que têm de ser introduzidos, como os passeios, cuidados com a higiene, alimentação ajustada, idas periódicas ao veterinário seja, claro, as brincadeiras que são tão essenciais. Uma nova dinâmica que é necessária ajustar e na qual todos os membros da família devem ser incluídos.
Mas estas exigências são superadas pelos benefícios! Adotar um animal de estimação é sempre uma boa escolha que contribui para o correto desenvolvimento dos mais novos, promovendo:
- Companheirismo: os animais de estimação são uma excelente forma de combater o sentimento de solidão e as tendências de maior isolamento, aumentando a sensação de confiança;
- Desenvolvimento emocional: ter um animal de companhia ajuda as crianças a desenvolverem habilidades importantes, como a empatia, a compaixão e a responsabilidade;
- A prática do exercício físico: ter um cão, por exemplo, pode ser benéfico para potenciar a prática de atividade física dos mais novos, evitando o sedentarismo;
- Combate da ansiedade: a interação com animais pode ser um instrumento na diminuição do stress das crianças e adultos, promovendo uma sensação de conforto e relaxamento;
- Desenvolvimento social: os animais de estimação facilitam a interação social das crianças com outras Pessoas.
Percebemos os benefícios. Mas como envolver toda a família, desde crianças aos pais, no cuidado diário de um pet?
- Converse em família: antes de qualquer medida e tomada de decisão, é importante ter uma conversa com os membros mais novos da família e explicar que a vinda de um animal de companhia é uma enorme alegria, mas igualmente uma enorme responsabilidade. É essencial preparar as crianças para o que este novo membro exigirá, também, da sua parte, não somente no Natal e nos primeiros meses, mas para sempre;
- Incentive as crianças a participar na alimentação diária: evite que esta seja uma tarefa exclusiva dos adultos. Ensine e ajude os mais novos a fazê-lo, envolvendo-os na escolha da ração e nos cuidados que há a ter na alimentação do pet. Incite-os, por exemplo a colocar a comida na gamela do animal, no sítio apropriado, com a dose certa, assim como a água, os snacks, entre outros.
- Envolvimento nos passeios diários: no caso dos cães é essencial garantir passeios regulares, e que pelo menos um destes seja mais longo, para evitar o stress e garantir a mobilidade e energia. Estes podem ser também momentos de relaxamento para toda a família, assim, aproveite e leve as crianças, envolvendo-as na tarefa.
- Fomente momentos de brincadeira com segurança: promova diariamente brincadeiras com o seu animal de companhia, incorporando desde cedo os mais novos. Deve ter em atenção, nestas ocasiões, o comportamento do pet e a forma como este brinca com as crianças e expressa a sua alegria. É importante numa fase inicial vigiar e educar, para que adote um comportamento ajustado e, simultaneamente, explicar às crianças que esse comportamento e atividades são comuns, sobretudo em pets mais novos. Defina os limites a ter quer seja do animal para os humanos e dos humanos para o animal de estimação.
- Inspire sempre as crianças a respeitar o pet: sensibilize os mais pequenos para o tipo de brincadeiras, afetos ou atividades que têm para com os seus animais de companhia. Ensine-os a perceber e interpretar o seu comportamento de forma a compreenderem quais os limites dos seus pets: o que os cansa, o que os magoa, etc.
- Envolva as crianças nas idas ao veterinário e cuidados de saúde e bem-estar: da mesma forma que todos os membros da família devem visitar o médico regularmente, também os pets o devem fazer para se manterem saudáveis. Ao integrar as crianças nestas atividades ajuda-as a desenvolver um maior sentido de compromisso e responsabilidade para com os seus animais e perceber à medida que o tempo passa o que os afeta a nível de saúde. Além das idas ao veterinário, envolva-as ainda nos cuidados de bem-estar como as escovagens, tosquias, banhos, entre outros.
Adotar um pet nesta quadra é uma decisão séria e a longo prazo. Caso não haja condições para o fazer, existem outras formas de contribuir para que os milhares de animais institucionalizados sejam mais felizes - seja através de doações, voluntariado ou o apadrinhamento de animais.