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4 pilares da saúde intestinal: como reduzir o risco de desenvolver doença inflamatória

Atualizado: 
04/07/2024 - 12:38
Um intestino saudável ajuda a reduzir o risco de desenvolver doenças inflamatórias, como é o caso da Doença Inflamatória Intestinal (DII) - onde se incluem a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa. Neste artigo, com a ajuda da Mayo Clinic, fique a conhecer quatro pilares que ajudam a manter um intestino saudável prevenindo o desenvolvimento destas doenças.

Segundo o especilista em gastrenterologia da Mayo Clinic, Victor Chedid, os quatro pilares da saúde intestinal são: nutrição, o exercício físico, a saúde mental e a hidratação. 

  1. Alimentação: Deve tentar seguir uma dieta equilibrada de estilo mediterrânico que inclua muitos vegetais, fruta, cereais integrais, feijão, oleaginosas, nozes, sementes e azeite, sendo recomendado que  ingira entre 30 a 40 gramas de fibra por dia. De acordo com o especialista este tipo de dieta contem muitos antioxidantes e poucos alimentos inflamatórios. 
  2. Exercício físico/estilo de vida saudável: Tente incorporar o exercício físico regular na sua rotina. "O tipo de exercício pode variar de pessoa para pessoa", alerta o médico. 
  3. Saúde mental: É importante manter a saúde mental e o bem-estar, dadas as muitas interações entre o intestino e o cérebro. Por exemplo, "as pessoas que sofreram traumas na infância ou que têm outros fatores de stress nas suas vidas podem apresentar sintomas ou condições gastrointestinais, incluindo síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional, disfunção do pavimento pélvico ou obstipação", esclarece o especialista em Doença Inflamatória Intestinal. 
  4. Ingestão de água: A recomendação é que beba 2 litros de água todos os dias, ajudando prevenir a obstipação e assegurando que os seus órgãos estão bem nutridos. "Isto é particularmente importante em climas quentes, onde a desidratação pode ser um problema", alerta Victor Chedid. 

"Prestar atenção a todos estes fatores é essencial para manter a saúde intestinal", explica sublinhando a importântcia de manter a saúde intestinal, especialmente quando já se está a lidar com uma doença inflamatória intestinal. "Existem dois tipos principais de DII: A doença de Crohn e a Colite Ulcerosa", esclarece. 

A DII é uma doença global que se estima que afete cerca de 6 a 8 milhões de pessoas em todo o mundo.

"É por isso que temos de aumentar a sensibilização e garantir que as pessoas procuram assistência médica quando têm sintomas, para que possam obter o diagnóstico e os cuidados adequados", afirma o especialista. 

Embora não exista cura para a DII, há uma variedade de tratamentos que ajudam os doentes a atingir a remissão. "Os tratamentos incluem medicamentos anti-inflamatórios, supressores do sistema imunitário, produtos biológicos, antibióticos e cirurgia", esclarece. 

Entre os sintomas mais frequentes estão a diarreia e o sangramento rectal. No entanto, estes sintomas deixam muitas vezes as pessoas relutantes em procurar ajuda, por sentirem vergonha. Segundo o gastrenterologista, as famílias podem desempenhar, aqui, um papel crucial para ajudar os seus familiares a lidar com a DII.

"Isto significa estar lá para eles quando precisam, reconhecendo que nem sempre serão eles próprios", explica Vitor Chedid. "Haverá alturas em que se sentem em baixo, têm dores ou não comem o que cozinhamos. Não se ofenda. Só precisa de estar lá para eles."

 
Fonte: 
Mayo Clinic
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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