Seis queixas por ano de cirurgias plásticas que correm mal
A maioria diz respeito à situação estética, segundo Vítor Fernandes, presidente do Colégio da Especialidade de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética da Ordem. De Janeiro a Outubro, a DECO recebeu 366 reclamações, por os resultados não serem os esperados e por preços pouco transparentes, avança o Correio da Manhã.
"Em 10% dos casos as queixas devem-se a complicações da cirurgia, porque implica riscos, é invasiva", explica Vítor Fernandes.
O médico refere que, antes das cirurgias, as pessoas são informadas das probabilidades de os resultados não serem os desejados e dos riscos das intervenções: "Muitas vezes, as pessoas ouvem, mas não escutam o que diz o médico e, mesmo assim, decidem pela cirurgia".
Segundo o especialista, o utente não tem razão na maioria das queixas: "Em 90% dos casos, as pessoas queixam-se porque os resultados obtidos não correspondem às expectativas. Não há nada a fazer". Vítor Fernandes sublinha ainda que o número de cirurgias estéticas tem diminuído nos últimos anos, devido "à crise".
As lipoaspirações são das operações estéticas mais populares. "Há menos complicações, mas há casos mais graves", frisa o cirurgião Biscaia Fraga.