Para cuidar de pessoas com diabetes

“Oficina da Diabetes” prepara mulheres imigrantes

São 40 as mulheres imigrantes que, no âmbito da “Oficina da Diabetes”, estão agora preparadas para prestar cuidados a pessoas com diabetes. A sessão de encerramento do projecto está agendada para dia 2 de Dezembro, às 10h30, na Escola da Diabetes, em Lisboa.

São 40 as mulheres imigrantes que, no âmbito da “Oficina da Diabetes”, estão agora preparadas para prestar cuidados a pessoas com diabetes. Este projecto da Fundação Ernesto Roma foi seleccionado pelo Programa Cidadania Activa, da Fundação Calouste Gulbenkian, e arrancou em Fevereiro deste ano, com o objectivo principal de formar mulheres imigrantes à procura de mais qualificação e emprego, em cuidados a crianças e idosos com Diabetes.

“Com a “Oficina da Diabetes”, a Fundação Ernesto Roma utilizou as suas competências específicas na área da Diabetes para promover a inclusão de mulheres imigrantes, facultando-lhes ferramentas específicas que possam contribuir para a sua integração no mercado de trabalho. Após a frequência do curso, espera-se que as formandas se sintam capazes e confiantes, tanto na prática profissional, como no contacto com possíveis empregadores”, explicou José Manuel Boavida, director do Programa Nacional para a Diabetes e presidente da Fundação Ernesto Roma.

Pelas suas características e pelo tipo de população-alvo, a “Oficina da Diabetes” constituiu-se como uma oferta formativa inovadora, completa, intensiva e prática no âmbito dos cuidados directos, especializada em Diabetes, com o patrocínio científico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Cada programa de formação teve a duração de 12 horas, com grupos de 10 mulheres, dividido em quatro módulos: “Cuidados à pessoa idosa com Diabetes”, “Cuidados às crianças com Diabetes”, “Práticas culinárias adequadas ao controlo da Diabetes” e “Actividade física para pessoas com Diabetes”.

A Escola da Diabetes da APDP acolheu este projecto nos espaços de excelência de que dispõe para o efeito: salas de formação, uma cozinha e um ginásio. Já a equipa de formadores contou com uma dietista, uma nutricionista, uma enfermeira, um chefe de cozinha e um professor de educação física.

Capacitar as mulheres imigrantes na prestação de cuidados a idosos e crianças com Diabetes e aumentar a sua qualificação profissional foram dois dos principais objectivos deste projecto, a que se juntam outros como: contribuir para o aumento da oferta formativa dirigida às comunidades imigrantes, promover a igualdade de oportunidades no acesso ao emprego, promover a integração no mercado de trabalho e a participação activa na sociedade das mulheres imigrantes.

A “Oficina da Diabetes” insere-se no domínio da promoção dos valores democráticos e envolve a defesa dos Direitos Humanos, dos direitos das minorias e a luta contra as discriminações. Quanto ao Programa Cidadania Activa, visa o fortalecimento da Sociedade Civil portuguesa e o progresso da justiça social, democracia e desenvolvimento sustentável. O Programa corporiza o apoio a Organizações Não Governamentais portuguesas e é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), sendo a Fundação Calouste Gulbenkian a entidade gestora.

 

Sobre a Fundação Ernesto Roma

A Fundação Ernesto Roma, criada em 2005 pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), é uma Instituição sem fins lucrativos que nasce da forte vontade de implementar uma vertente exclusivamente dedicada à Educação da Pessoa com Diabetes e ao apoio da formação contínua de todos os profissionais que lidam com a doença. A Fundação Ernesto Roma é também uma homenagem ao criador da Diabetologia Social e fundador da APDP, a mais antiga de todas as Associações de Diabéticos do mundo (1926).

 

Sobre o Programa Cidadania Activa

O Programa Cidadania Activa visa o fortalecimento da Sociedade Civil portuguesa e o progresso da justiça social, democracia e desenvolvimento sustentável. O Programa corporiza o apoio a Organizações Não Governamentais portuguesas e é financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), sendo a Fundação Calouste Gulbenkian a entidade gestora.

 

Sobre a diabetes

É uma doença crónica em larga expansão em todo o mundo. Segundo os números da Federação Internacional da Diabetes – IDF, a diabetes atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população adulta mundial e continua a aumentar em todos os países. Em 46% destas pessoas a diabetes não foi ainda diagnosticada, prosseguindo a sua evolução silenciosa.

A diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta doença pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos.

Em 2013 a Diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com Diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença.

Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da Diabetes: mais de um milhão de portugueses tem Diabetes.

 

Dados sobre a imigração em Portugal (2012)

De acordo com o último Relatório Estatístico Anual do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) referente ao ano de 2012, em Portugal, existem 417 mil imigrantes residentes em território português, sendo o Brasil (105.622), a Ucrânia (44.074), Cabo Verde (42.857), a Roménia (35.216) e Angola (20.366) as comunidades mais representativas.

A estrutura da população estrangeira em Portugal por género apresenta uma configuração próxima da paridade: em 2012, verificou-se uma redução do efectivo masculino (-3,29%), em continuidade com o observado no ano anterior. A diferença percentual entre ambos os géneros ficou reduzida a 1,04%, com ligeira predominância do sexo feminino. Esta relação tem vindo a ser gradualmente atenuada, em particular por via do reagrupamento familiar.

Por grupo etário, a população estrangeira residente em idade activa ascende a 84,50% (população estrangeira com idades compreendidas entre 15 a 64 anos). De relevar a percentagem de jovens entre os 0-14 anos (10,41%) na estrutura populacional de estrangeiros residentes, bem como o índice de potencialidade de 114,58% (117,19% em 2011), no que refere ao potencial de crescimento demográfico.

Mais informações em http://www.sef.pt.

Fonte: 
Multicom
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Foto: 
Multicom