Ébola:

Governo cria comissão interministerial coordenada por ministro da Saúde

O Governo aprovou a criação de uma Comissão Interministerial de Coordenação da Resposta ao Ébola, coordenada pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, destinada a “coordenar as respostas e decisões políticas de carácter intersectorial e transversal”.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, com esta decisão, o executivo pretende ver “reforçada a coordenação ao nível político do trabalho já desenvolvido pela Plataforma de Resposta à Doença pelo Vírus Ébola”.

Esta comissão vai ser “coordenada pelo ministro da Saúde e integrada pelos membros do Governo responsáveis pelos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional, Administração Interna e Infra-estruturas e Transportes, e por representantes dos Governo Regionais das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores”, refere o mesmo comunicado.

Na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares afirmou que o executivo português está a actuar “preventivamente”, e não com base em “dados novos”, até porque “não há novos desenvolvimentos” da doença por vírus Ébola no espaço europeu.

Mencionando a evolução dos casos registados em Espanha, Luís Marques Guedes considerou que “as notícias mais recentes até são positivas, encorajadoras” e salientou que “não há nenhuma escalada a nível europeu, pelo contrário, até ao momento”, acrescentando: “De qualquer maneira, nestas matérias mais vale prevenir do que remediar”.

O ministro da Presidência referiu que tem havido um “acompanhamento permanente” da propagação do Ébola pelas autoridades da União Europeia e disse que o Governo português quer estar pronto “a nível político, para qualquer questão que venha a colocar e que tenha de ser decidida rapidamente de uma forma concertada”.

A criação de uma comissão interministerial vai “dotar a Administração portuguesa de todos os mecanismos ágeis, céleres para qualquer resposta que a todo o momento se torne necessária”, sustentou.

“Não há, de facto, nenhum dado novo, mas pode haver, de repente, uma indicação por parte da União Europeia para se subir o patamar de segurança”, apontou Marques Guedes, concluindo: “Esperamos que não venha a acontecer, mas nestas matérias não podemos actuar depois das coisas acontecerem, temos de actuar antes”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Ébola matou mais de 4.800 pessoas desde o início do ano, sendo os países mais afectados a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conacri.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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