Director da OMS diz que persiste estigma da esquizofrenia em África
A propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala hoje sob o lema “Viver uma vida saudável com esquizofrenia”, o médico angolano responsável regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África reconheceu que naquele continente “há muitas vezes o mal-entendido de que a esquizofrenia não é tratável”.
“Esse mal-entendido resulta num estigma, associado a um maior fardo físico, psicológico e económico, sobre o doente, os cuidadores e a família”, afirma o director regional da OMS.
Na comunicação alusiva ao Dia Mundial da Saúde Mental, Luís Sambo reconhece que os países africanos já fizeram “alguns progressos na melhoria dos cuidados de saúde mental”, mas “há ainda muitos desafios a ultrapassar”.
“A saúde mental deverá ser integrada nos cuidados de saúde primários. É preciso informar e sensibilizar as comunidades para a melhor maneira de ajudar os indivíduos com esquizofrenia. Por isso, a OMS apela aos governos para reforçarem os serviços de saúde que apoiam as pessoas com esquizofrenia”, sublinhou o director regional da organização. A isto acrescentou que as pessoas com esquizofrenia “podem ter uma vida saudável, se receberem tratamento adequado o mais cedo possível e levarem um estilo de vida aceitável”.
“Hoje, na comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, apelo aos doentes, famílias e cuidadores que, tomem iniciativas para detectar, tratar e prevenir a esquizofrenia. Apelo aos governos, parceiros, instituições de investigação e à sociedade civil para reforçarem o seu envolvimento e investir mais na saúde mental”, rematou Luís Sambo.