Cerca de 10 mil pessoas já foram infectadas com o vírus Ébola
No comunicado que actualiza os dados sobre a epidemia a organização internacional refere que, até ao passado domingo, 9.936 pessoas foram infectadas com o vírus, 4.877 das quais morreram.
Os 9.936 casos – confirmados, prováveis ou suspeitos – foram registados em sete países: Libéria (4.665), Serra Leoa (3.706) e Guiné-Conacri (1.540), os três países mais afectados, Nigéria e Senegal, países previamente afectados mas onde o surto foi entretanto controlado, e Espanha e Estados Unidos, com um e três casos confirmados, respectivamente.
Assinalando que todos os distritos da Serra Leoa já registam pelo menos um caso de infecção e que na Libéria apenas um distrito escapa à epidemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma, por outro lado, que Nigéria e Senegal já estão livres do Ébola.
Passados 42 dias sobre o último caso detectado (o dobro do tempo máximo de incubação do vírus), o surto foi dado como terminado no Senegal, no dia 17, e na Nigéria, no dia 19.
O Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, mas o actual surto é o mais extenso e prolongado desde que o vírus foi descoberto.
Não há vacina nem cura para o Ébola, que se transmite por contacto directo com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados, provocando febres hemorrágicas que, na maioria dos casos, são fatais. O contacto directo com outras pessoas ou cadáveres infectados tem sido o grande veículo de transmissão do vírus, para o qual não existe tratamento nem vacina.
Este cenário faz do Ébola um dos mais mortais e contagiosos vírus para os seres humanos, com uma taxa de mortalidade a rondar os 90%. A OMS decretou, no dia 08 de Agosto, o estado de emergência de saúde pública mundial