Em 2015 a Santa Casa irá reforçar o seu apoio à investigação biomédica

Anunciado novo incentivo para a investigação da Esclerose Lateral Amiotrófica

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa anunciou a criação de um novo incentivo de apoio à investigação científica da Esclerose Lateral Amiotrófica, no decorrer da entrega dos Prémios Neurociências Santa Casa 2014.

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva, que afecta os neurónios motores, neurónios estes que nos permitem mover, na verdadeira dimensão da palavra - andar, mexer os braços, falar, comer e respirar. A SCML lida com esta doença de forma recorrente, nomeadamente no centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão e na Unidade de Cuidados Continuados Maria José Nogueira Pinto.

Os Prémios Neurociências Santa Casa distinguiram, na sua segunda edição, dois projectos científicos, um deles destinado a encontrar uma nova forma de reduzir os défices de memória na doença de Alzheimer, e um outro que irá estudar o processo de selecção de células mais apropriadas para serem transplantadas em casos de lesões vertebro-medulares.

Os Prémios Santa Casa Neurociências, atribuem dois galardões de 200 mil euros cada, surgiram em 2013, por iniciativa do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, para promover avanços nos cuidados de saúde em áreas prioritárias da instituição e para a sociedade actual.

O Prémio Melo e Castro, para a recuperação e tratamento de lesões vertebro-medulares, território em que Santa Casa foi já pioneira no país, em 1966, com a abertura do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão; e o Prémio Mantero Belard, para o tratamento de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer, que afectam já 153 mil portugueses, número que se estima que duplique até 2030.

Nesta segunda edição, o Prémio Melo e Castro 2014 é entregue a Moisés Mallo (investigador responsável) e à sua equipa do Instituto Gulbenkian de Ciência, pelo projecto “Novos substratos celulares para terapia de regeneração espinal”.

O investigador Rodrigo da Cunha e a sua equipa, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, da Universidade de Coimbra, são distinguidos com o Prémio Mantero Belard 2014, pelo estudo sobre “O aumento da função dos receptores A2A da adenosina no hipocampo é necessária e suficiente para causar deficits mnemónicos na doença de Alzheimer”.

Os grandes vencedores foram escolhidos por um júri presidido pelo neurocirurgião João Lobo Antunes, num concurso que reuniu 188 investigadores de diversas nacionalidades.

Do júri fizeram também parte professores e investigadores de renome, tais como Catarina Resende de Oliveira, da Universidade de Coimbra, Maria João Saraiva, da Universidade do Porto, Catarina Aguiar Branco, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Paula Coutinho, da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Nuno Sousa, da Sociedade Portuguesa de Neurociências. Este painel de avaliação integrou ainda elementos internacionais, como George Perry (um dos mais reconhecidos investigadores da doença de Alzheimer), Thomas Gasser, do Joint Programme for Neurodegenerative Diseases Research da EU, e Marta Imamura, da Organização Mundial de Saúde.

Os Prémios Santa Casa Neurociências constituem uma prova de confiança na investigação científica nacional e na qualidade dos cientistas portugueses. Com esta iniciativa, a Santa Casa acredita estar a contribuir de forma significativa para um futuro melhor.

 

Comissão Científica

Os Prémios Santa Casa Neurociências têm como parceiros científicos a Universidade de Lisboa, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra, bem como a Sociedade Portuguesa de Neurociências, a Sociedade Portuguesa de Neurologia e a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação.

Fonte: 
LPM Comunicação
Nota: 
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