Fonte do Ministério da Saúde garante:

Aeroportos portugueses não vão rastrear Ébola

Governo justifica ausência de medida por “falta de ligação aérea directa” com países afectados.

Portugal não vai rastrear nos aeroportos os passageiros oriundos da Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, países afectados pela epidemia do vírus do Ébola, ao contrário do que já acontece na França, no Reino Unido e na Bélgica, países que estão a fazer os rastreios às chegadas desses países. A garantia de que Portugal não vai adoptar, por enquanto, essas medidas foi dada ao Correio da Manhã por fonte do Ministério da Saúde.

Segundo as explicações avançadas por fonte da tutela, a não aplicação de um rastreio aos passageiros deve-se ao facto de Portugal “não ter uma ligação aérea directa” com os países afectados pela epidemia, que já provocou desde Março mais de 4500 mortes e mais de 9100 casos de infecção, sendo a grande maioria das vítimas natural desses três países. “Faz mais sentido fazer o rastreio à saída desses países”, sublinhou a fonte.

Parecer semelhante manifestou o presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Saúde Pública, Mário Santos. “O rastreio nos aeroportos serve mais para tranquilizar a opinião pública, porque não tem validação científica, uma vez que o período de incubação do vírus é de 21 dias e, portanto, a pessoa pode entrar no país sem sintomas de doença, que só se manifestarão mais tarde”, explicou.

No caso de suspeita a bordo de um navio, a embarcação não irá aportar nem haverá desembarques, e ficará ao largo até à chegada de uma equipa médica, que fará o transporte.

 

Fonte: 
Correio da Manhã Online
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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