Organização Mundial de Saúde declara Nigéria livre do vírus
“O vírus desapareceu por agora. O surto na Nigéria foi derrotado. Esta é uma história de sucesso que mostra ao mundo que o Ébola pode ser contido”, disse o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no país, Rui Gama Vaz, em Abuja.
A chegada do vírus Ébola à Nigéria, a mais populosa nação africana, a principal economia e o maior produtor de petróleo, provocou receios da sua rápida disseminação pelo país de 170 milhões de pessoas.
Mas este cenário não se registou e especialistas de saúde envolvidos no combate ao surto da febre hemorrágica elogiaram as autoridades pela sua resposta rápida e rastreio alargado.
No total, morreram oito pessoas de 20 casos confirmados na maior cidade da Nigéria, Lagos, e no centro petrolífero de Port Harcourt, tendo sido monitorizadas cerca de 900 pessoas para se detectar eventuais sintomas da doença.
A declaração oficial da OMS de país livre da doença relativamente à Nigéria surge depois de o estatuto ter sido dado ao Senegal na sexta-feira.
Ambos os países estão sob escrutínio de especialistas em saúde pública que tentam conter a propagação da doença em todo o mundo. Além de um seguimento dos que poderiam ter tido contacto com os doentes, a Nigéria introduziu inspecções de rastreio médico rigoroso em todos os aeroportos e portos para chegadas e partidas.
MNE dos 28 pedem a Bruxelas orientações comuns para pontos de entrada
Os responsáveis pela diplomacia europeia pediram hoje à Comissão Europeia para preparar protocolos e respostas comuns para os Estados-membros aplicarem nos pontos de entrada nacionais, face à epidemia de Ébola.
No texto de conclusões do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, os 28 sublinham “a importância de serem realizadas mais consultas com vista à coordenação de medidas nacionais nos pontos de entrada”, pedindo a Bruxelas para que proponha “protocolos e procedimentos comuns” que considere apropriados.
Os ministros apelam ainda aos Estados-membros para que considerem a possibilidade de usar “os sistemas de informação sobre vistos e ainda dados fornecidos pelas transportadoras aéreas”, de modo a antecipar a chegara de potenciais doentes infectados com o vírus da febre hemorrágica.
Na Bélgica, começaram hoje a ser rastreados os passageiros oriundos de países atingidos pelo Ébola, a exemplo do que já sucede no Reino Unido e em França.
Mais de 4.500 pessoas morreram e perto de 10 mil foram infectadas com o Ébola, a maioria na África Ocidental, desde o início do ano, de acordo com a OMS.