Argentina desenvolve método de diagnóstico em menos de 24 horas
O método foi desenvolvido pelo Instituto Malbrán a partir do envio de material genético viral de um centro de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS), e é o único com estas características na América Latina.
O ministro argentino da Saúde, Juan Manzur, destacou que a “Argentina é o primeiro país da América Latina que tem o diagnóstico de Ébola”, sublinhou que a validação desta técnica foi feita através de um centro de referência da OMS.
Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a epidemia de Ébola já causou a morte de mais de 3.860 pessoas num conjunto de 8 mil infectados.
A Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, Estados Unidos e Espanha.
O primeiro caso de contágio fora de África foi detectado, no início do mês, em Espanha e estão seis pessoas internadas em observação num hospital de Madrid.
Vários países estão a impor restrições à circulação de pessoas oriundas dos países mais atingidos pela epidemia e a introduzir postos de controlo sanitário nos aeroportos para vigiar a febre, um dos primeiros sintomas da doença.
Existe também um outro surto de Ébola na República Democrática do Congo, que já causou 43 mortos, mas as autoridades médicas referem que não está relacionado com os casos na África Ocidental.
O Ébola, que se transmite por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados, é um vírus que foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.