Misericórdia do Porto defende trabalho em rede com Galiza
“O objectivo do encontro será traçar um mapa de compromissos, num horizonte de três a cinco anos, e de cooperação entre os dois lados, mas ao mesmo tempo avaliar a possibilidade de candidaturas conjuntas ao próximo quadro comunitário de apoio e também a rentabilização os meios”, afirmou António Tavares.
O I Encontro Bilateral de Entidades de Reabilitação Psicossocial e Saúde Mental da Galiza e do Norte de Portugal, que se realizou no Hospital psiquiátrico Conde Ferreira, da Misericórdia do Porto, visa também, segundo o provedor, “dar corpo às novas directivas transfronteiriças da saúde dentro da União Europeia”.
Na sessão de abertura, Ponciano de Oliveira, do conselho directivo da Administração Regional de Saúde (ARS-Norte), disse que a ARS-Norte está disponível para “estudar o aprofundamento da colaboração” com a Galiza, alargando o protocolo relativo a colaboração na área dos comportamentos aditivos, assinado em Junho, à saúde mental em geral.
“Já tínhamos identificado uma das linhas de trabalho, o que hoje aqui dissemos é que estamos disponíveis para alargar o âmbito dessa linha de trabalho à saúde mental em geral. Temos de ter o interesse da Galiza e os parceiros adequados para levar os trabalhos a bom porto”, acrescentou.
Considerando o “elevado número” de cidadãos portugueses que sofrem de doença mental, “perto de 200 mil” e “a falta de mais unidades especializadas no combate a este flagelo que afecta doentes e famílias”, este evento, organizado pela Rede de Apoio à Reabilitação Psicossocial para Pessoas com Doença Mental na Área Metropolitana do Porto, da qual a Misericórdia do Porto faz parte, pretendeu “partilhar experiências, verificar o estado da arte no combate às doenças mentais e abrir formas de cooperação entre as duas regiões”.