Mais de 173 mil pessoas já beneficiaram este ano do cheque-dentista
A taxa de execução do programa ronda nesta altura do ano, os 65%, mas varia entre os 24% dos jovens que já completaram 15 anos e os 85% dos utentes com VIH/SIDA.
O grupo maior de utentes do programa é o das crianças e jovens escolarizados, com 7, 10 e 13 anos, existindo já nesta categoria 123.026 beneficiados.
O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral abrange crianças até aos 15 anos completos que frequentam as escolas públicas ou Instituições Particulares de Solidariedade Social, grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde, idosos que recebem o complemento solidário e portadores de VIH/SIDA.
Há 3305 médicos dentistas a colaborar com o programa que chega a 5597 clínicas e consultórios de medicina dentária de todo o País, sendo que a adesão dos profissionais ao programa é voluntária.
A utilização dos cheques-dentista está orientada para a prestação de cuidados preventivos e curativos mediante diagnóstico prévio efectuado pelo médico dentista.
Desde o início do programa já foram realizados mais de 6,5 milhões de tratamentos em quase 1,9 milhões de utentes.
O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, sublinha que “os dados mostram que 60% das intervenções efectuadas correspondem a procedimentos preventivos, como a aplicação de selantes de fissuras, (protectores das fissuras dos dentes contra a cárie dentária) ou seja, está a ser gradualmente atingido um dos principais objectivos do Programa que é a prevenção e detecção precoce de doenças da cavidade oral. A incidência das cáries, a doença mais comum em todo o mundo, diminuiu consideravelmente nas crianças, o principal alvo deste programa. A longo prazo os ganhos ainda vão ser maiores porque, pela primeira vez, estamos a alertar de forma massiva as gerações mais novas para a importância da saúde oral na saúde em geral”.
O sucesso do programa com resultados comprovados na saúde oral dos beneficiários leva Orlando Monteiro da Silva a defender “que na actual situação económica que o País enfrenta deve ser ponderado o alargamento do programa a grupos risco adicionais, como os diabéticos, com o imprescindível aumento da dotação orçamental”.