OMS quer cigarros electrónicos considerados problema de saúde
Apesar de não existirem evidências científicas sobre os perigos a longo prazo, está demonstrado que os cigarros electrónicos contém substâncias tóxicas e cancerígenas iguais às do tabaco.
Durante a conferência "Cigarros electrónicos: questões abertas" organizada pela Agência de Saúde Pública da Catalunha, Armando Perruga, director da iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) "Tobaco Free Initiative", afirmou que as substâncias tóxicas presentes no vapor dos cigarros electrónicos existem, mas estão concentradas em quantidades menores do que no fumo do tabaco.
Actualmente, a OMS procura uma posição mais consistente relativamente aos cigarros electrónicos mas deixa o alerta de que estes têm baixa eficácia como único remédio para deixar de fumar. A regulação do uso e conteúdo dos cigarros electrónicos também são objectivos da OMS.
Armando Perruga sublinhou, durante a conferência que decorreu esta terça-feira em Barcelona, a preocupação da Organização com a entrada de empresas de tabaco tradicional, que procuram proteger o seu produto e conseguir novos consumidores, no mercado dos cigarros electrónicos.
Segundo o director da "Tobaco Free Initiative", as futuras legislações dos cigarros electrónicos vão centrar-se em objectivos como evitar a promoção e início de consumo entre os não fumadores e impedir que os novos cigarros enfraqueçam os esforços feitos para controlar o consumo de tabaco, regulando estritamente a publicidade sobre o tema e conservando os espaços onde é proibido fumar.
Os cigarros electrónicos estão no mercado há cerca de dez anos, mas só se tornaram populares nos últimos anos.