Dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR)

Medicamentos genéricos permitiram libertar mais de 580 milhões de euros em 2023

A cada segundo que passa, a dispensa de Medicamentos Genéricos (MG) gera um valor de 18,42 euros às famílias portuguesas e ao Estado nas farmácias comunitárias. Em 2023, os medicamentos genéricos permitiram alocar à saúde um financiamento superior a 580 milhões de euros, mais 71,6 milhões do que em 2022, o que corresponde a um crescimento de 14,1%. Este é o número mais alto de sempre em 13 anos de contabilização. No total, entre 2011 e 2023, os MG já permitiram libertar recursos no valor de 5.860 milhões de euros.

Estes são dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), e do contador online no site da APOGEN, lançado em 2020 através de uma parceria entre a Associação Nacional das Farmácias (ANF) e a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN), que, em 2024, já regista até hoje um valor superior a 96 milhões de euros.

A APOGEN, representada pela Presidente Maria do Carmo Neves, reforça “o caminho favorável ancorado na confiança de utentes e profissionais de saúde acerca dos MG, já que estas tecnologias proporcionam o cumprimento do direito fundamental à proteção da saúde. Estas terapêuticas mais custo-efetivas garantem o maior acesso à saúde, aumentam o acesso à inovação e contribuem para a redução das desigualdades sociais, assim como permitem a prevenção da doença e o aumento da esperança média de vida. O valor gerado, ano após ano, reflete o papel destas alternativas terapêuticas na economia, na saúde e na coesão social, principalmente numa altura em que o controlo da despesa pública com medicamentos é uma dimensão indispensável para assegurar a sustentabilidade e a eficiência financeira do SNS. De modo a viabilizar as mais-valias dos medicamentos genéricos e biossimilares e os resultados gerados no círculo virtuoso da sustentabilidade da saúde, é fundamental a criação de condições de previsibilidade e de atratividade deste setor estratégico, especialmente num período em que são relatadas barreiras no acesso devido à atual escassez de diversas apresentações no mercado.”

A presidente da Associação Nacional das Farmácias, Ema Paulino, salienta que “as Farmácias Portuguesas são um parceiro essencial na defesa das políticas de saúde que promovem a introdução dos medicamentos genéricos, essenciais para a sustentabilidade do sistema de saúde. A grande maioria da população está hoje familiarizada com os medicamentos genéricos, o que em muito se deve ao papel do farmacêutico comunitário na sua promoção e no aconselhamento prestado nas farmácias no ato da dispensa, contribuindo também para uma melhoria no acesso e, por conseguinte, na adesão dos utentes aos seus tratamentos. Congratulamo-nos com os resultados obtidos em 2023, que indicam que a dispensa de medicamentos genéricos permitiu uma poupança para o Estado e para os utentes no valor de 580 milhões de euros, o número mais alto de sempre em treze anos. Contudo, entendemos que podemos fazer mais e para continuar a estimular o crescimento da sua quota de mercado é essencial que se proceda à revisão do modelo de incentivos à dispensa de medicamentos genéricos às farmácias, através da atualização dos critérios do regime vigente, proposta que a ANF tem apresentado como estratégica para estimular a promoção do acesso ao medicamento.

O contador do valor gerado alcançado com os MG pode ser consultado, em tempo real, no site da APOGEN em: https://apogen.pt. Segundo a Health Market Research (HMR), em 2023, foram dispensadas cerca de 108 milhões de embalagens de MG nas farmácias comunitárias, o que corresponde a um crescimento de 5,7% face ao ano anterior.

Fonte: 
APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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