Catástrofes em Marrocos e Líbia

UNICEF Portugal apela à solidariedade para proteger as crianças em situação de emergência

Em três dias, o mundo testemunhou duas catástrofes naturais de grande escala, que deixaram milhares de mortos e feridos, e afetaram a vida de centenas de milhares de pessoas, especialmente crianças, em Marrocos e na Líbia. Perante este cenário, a UNICEF Portugal apela à solidariedade de toda a sociedade para contribuir para o Fundo de Emergência, que permite atuar em menos de 48 horas e salvar vidas, em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora.

Sismo em Marrocos

Na noite de sexta-feira, 8 de setembro, um sismo de magnitude 6,8 atingiu Marrocos, o evento sísmico mais forte a atingir o país desde 1960. O sismo ocorreu pouco depois das 23h, quando a maioria das crianças e famílias estaria em casa a dormir. As réplicas continuam a abalar a região, aumentando o risco para as populações.

As Nações Unidas estimam que mais de 300.000 pessoas foram afetadas pelo sismo, principalmente em Marraquexe e nas montanhas do Alto Atlas. Segundo as autoridades, mais de 2.600 pessoas morreram, incluindo crianças, e milhares ficaram feridas. Estes números estão a aumentar a cada hora. A UNICEF calcula que cerca de 100.000 crianças foram afetadas pelo sismo, tendo em conta que representam quase um terço da população em Marrocos.

O sismo destruiu milhares de casas, deixando famílias sem abrigo e expostas ao frio da noite. Escolas, hospitais e outras infraestruturas essenciais foram danificadas pelo sismo, comprometendo o acesso à educação, à saúde e aos serviços básicos, o que afeta ainda mais as crianças.

As autoridades de Marrocos estão na linha da frente dos esforços de resposta à catástrofe. A UNICEF está preparada para ajudar no âmbito de uma resposta coordenada liderada pelo governo perante esta catástrofe.

A UNICEF está em comunicação constante com as autoridades e a preparar-se para apoiar os esforços governamentais nas regiões afetadas, conforme necessário, para restaurar os serviços públicos essenciais para a sobrevivência e bem-estar das crianças afetadas e respetivas famílias. A UNICEF coloca sempre as crianças em primeiro lugar em qualquer emergência, pois são sempre as mais vulneráveis.

Tempestade na Líbia

Na sequência das inundações causadas pela tempestade Daniel, o número de vítimas mortais na Líbia está a aumentar drasticamente. A UNICEF expressa as suas profundas condolências a todas as pessoas que perderam familiares nesta catástrofe. Estamos em contacto com as autoridades locais e prontos para apoiar as operações de socorro, fornecendo ajuda essencial às pessoas deslocadas, às crianças e aos hospitais.

Como resposta à emergência, a UNICEF está a mobilizar recursos vitais, incluindo equipamento médico essencial para ajudar 10.000 pessoas, roupas para proteger 500 crianças e 1.100 kits de higiene. As equipas da UNICEF estão preparadas para fornecer mais apoio conforme necessário.

Apelo à Solidariedade em Emergências

À medida que as necessidades crescem e as alterações climáticas aumentam a frequência, intensidade e duração das emergências, os apelos humanitários continuam a enfrentar grandes desafios de financiamento.

O Fundo para resposta a Emergências da UNICEF enfrenta um enorme desafio de financiamento para atender às crescentes necessidades humanitárias no mundo. Apesar da generosidade dos doadores, que contribuíram com 3,24 mil milhões de dólares até ao final de junho deste ano, o fundo ainda tem um défice de 70%. Tal significa que faltam 7,7 mil milhões de dólares para responder, entre outras, às situações de crise mais críticas em 12 países (Sudão, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Myanmar, Haiti, Etiópia, Iémen, Somália, Sudão do Sul, Bangladesh, Afeganistão e República Árabe Síria), às quais acrescem as novas situações de emergência.

A UNICEF Portugal apela à generosidade de todos para contribuir para o Fundo de Emergência, que desempenha um papel crucial na resposta a emergências e na proteção das crianças em todo o mundo.

Fonte: 
UNICEF Portugal
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
ShutterStock