Indústria farmacêutica de fora das redes sociais por exigência e limitação regulamentar
As empresas, sensíveis à crescente importância da tecnologia na comunicação, utilizam as redes sociais com o objectivo de criar um relacionamento mais próximo com os utentes e com o público em geral. É a falta de regulamentação que leva as companhias a não se aventurarem mais nestes canais, havendo ainda um longo caminho a percorrer no sector.
Actualmente as redes sociais assumem um papel fundamental e transversal a todos os sectores. A área da Saúde, apesar de mais limitada, não foge à regra. Verifica-se uma maior influência destes canais no envolvimento e no comportamento do doente, sobretudo através da forte adesão à tecnologia móvel por parte dos próprios doentes.
O relatório da IMS Institute revela ainda que das 23 farmacêuticas do Top 50 que utilizam as redes sociais na sua estratégia de negócio, apenas dez utilizam em simultâneo os três maiores canais, Facebook, Twitter e YouTube, para assuntos de saúde.
As pequenas farmacêuticas focadas em terapêuticas específicas e as empresas com medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSR) são as que apresentam um maior envolvimento dos doentes através das redes sociais.
Como forma de analisar o comportamento dos consumidores nos três canais - Facebook, Twitter e YouTube, a IMS Institute criou um índice que mede o envolvimento das Social Media, através do alcance dos conteúdos, da relevância da mensagem e do nível de interacção em torno de um determinado tema - IMS Health Social Media Engagement Index.
Os dados do índice revelam que, no sector da saúde, são as entidades reguladoras que mais utilizam as redes sociais para comunicarem para um público mais amplo. A Food Drug and Administration (FDA), que tem uma presença particularmente forte no Facebook, destaca-se no social media engagement e apresenta a maior pontuação do índice a nível de relacionamento. Por sua vez a Agência Europeia de Medicamentos mantém o feed do Twitter com uma das pontuações mais altas do índice a nível de alcance, logo depois da FDA. O envolvimento directo dos reguladores em discussões de saúde online revela uma real percepção da importância de estabelecer uma presença nas redes sociais, por parte destas entidades.
Outra análise do relatório mostra que a Wikipedia é a fonte de informação mais procurada quando se tratam de temas da saúde. Em 2013, as Top 100 páginas da Wikipedia sobre assuntos de saúde foram acedidas 1,9 milhões de vezes, sendo as doenças raras o tema mais procurado.
O relatório completo encontra-se disponível em www.theimsinstitute.org. Pode, igualmente, fazer o download para Ipad e aceder a uma versão interactiva do estudo em https://itunes.apple.com/us/app/ims-institute/id625347542.