Antioxidantes não trazem benefícios seguros
“Os antioxidantes usam-se amplamente para proteger as células dos danos induzidos por espécies reactivas do oxigénio”, explica a equipa de investigadores, liderada por Volkan Sayin, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
“O conceito de que os antioxidantes podem ajudar a combater o cancro está muito arreigado na população mundial, promovido pela indústria dos suplementos alimentares e sustentado por alguns estudos científicos”, lê-se no artigo citado pelo Diário de Notícias. Todavia as provas clínicas “deram resultados incoerentes”, acrescenta.
Os compostos químicos conhecidos como antioxidantes atrasam certos tipos de danos celulares impedindo a acumulação de moléculas da espécie reactiva de oxigénio (ERO) que pode causar danos às células.
Entre estes antioxidantes estão a vitamina A, que pode obter-se nas cenouras, abóbora, brócolos, batata-doce, tomate, couve, melão, pêssegos e outros, e vitamina C, presente nas laranjas, limas, limões, pimentos vermelhos, vegetais de folhas verdes, morangos e framboesas.
A vitamina E, por seu lado, está presente nos frutos secos e sementes, grãos integrais, azeite, óleo de fígado, assim como outro antioxidante, o selénio, pode ser obtido a partir de peixe e do marisco, carne vermelha, ovos, frango e alho.
O estudo sueco indica que os antioxidantes aceleram a progressão do cancro de pulmão nos ratos de laboratório e em linhas de células humanas.
As conclusões do estudo indicam que as pessoas que têm pequenos tumores no pulmão não diagnosticados - o que é possível em qualquer pessoa, especialmente nos fumadores - deveriam evitar os suplementos antioxidantes.