Doença de pele

Rosácea afeta mais as mulheres

Atualizado: 
07/12/2018 - 18:08
Afetando mais as mulheres do que os homens, entre os 30 e os 60 anos, a rosácea é uma doença de pele relativamente comum. Vermelhidão, pequenos vasos ou pápulas no rosto são alguns dos sintomas. As causas são desconhecidas.

A rosácea é uma doença cutânea crónica que afeta sobretudo a pele do rosto – testa, bochechas e nariz. Região cervical, tórax, dorso e couro cabeludo são zonas que podem também ser afetadas por esta doença que, na sua fase inicial, se caracteriza por um eritema persistente e por telangiectasia, muitas vezes seguida de pápulas e papulopústulas.

Embora possa ser confundida com acne, na realidade, a rosácea não tem cura e pode piorar com o passar do tempo, levando a mudanças permanentes na aparência que afetam a auto-estima.

Estima-se que, em todo o mundo, esta doença atinja cerca de 16 milhões de pessoas. No entanto, são as peles claras as mais afetadas.

Vários estudos revelam que cerca de 10 por cento das pessoas de pele clara sofram ou venham a sofrer de rosácea. Não obstante, tal não significa que não possa afetar as peles morenas.

Alternando entre períodos de agravamento e melhoria, a tendência é torna-se cada vez mais evidente.

Embora as suas causas sejam desconhecidas, sabe-se que a doença surge da combinação entre vários fatores hereditários e ambientais.

Stress, exposição ao sol, alguns alimentos ou medicamentos, por exemplo, são indicados como alguns dos fatores desencadeantes.

Os especialistas inclinam-se, deste modo, para uma deficiente atuação do nosso sistema imunitário, que desencadeia uma resposta anormal a estes estímulos externos.

A rosácea pode ser classificada da seguinte forma:

Rosácea eritemato-telangiectásica - quando a pele adquire um tom avermelhado, rosado e com pequenos vasos (telangiectasias), sobretudo, na face.

A vermelhidão pode ser agravada pelo sol, stress, álcool e calor, por exemplo.

Rosácea papulo-pustulosa – este tipo de rosácea caracteriza-se pelo aparecimento de lesões papulo-pustulosas, facilmente confundidas com acne. Este tipo de rosácea é muito comum nos homens.

Rosácea fimatosa – a rosácea fimatosa é o tipo menos frequente da doença. A pele torna-se espessa, dura e avermelhada com os poros dilatados.

Sendo mais comum nos homens com mais de 50 anos, ela caracteriza-se pelo aumento e infiltração de áreas como as glândulas sebáceas do nariz.

Rosácea ocular – atingindo a região dos olhos, tem o diagnóstico mais difícil uma vez que, em 20 por cento dos casos, ela só é descoberta pelo oftalmologista.

Caracterizada por uma inflamação (blefarite), com vermelhidão e descamação na área dos cílios, é o tipo mais grave da doença que pode resulta na perda de visão.

Ainda que não tenha cura, o tratamento para a rosácea resulta sobretudo no alívio dos sintomas.

Ajustado a cada caso, o tratamento pode incluir antibióticos, anti-inflamatórios, cremes e pomadas específicos, e até tratamento laser.

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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