Exposição solar aumenta risco de desenvolver várias doenças oculares
Com a chegada do verão, subida da intensidade da luz solar e dos raios ultravioleta (raios UV), os cuidados com a visão devem ser redobrados de forma a evitar lesões oculares, tais como: alterações agudas da córnea e da conjuntiva, cataratas e degenerescência macular ligada à idade.
“Já são vários estudos que demonstram que as pessoas mais expostas à luz solar têm uma maior tendência para desenvolverem certo tipo de doenças oculares. Mais do que a ação aguda dos raios UV sobre os olhos (que provoca uma queimadura na superfície ocular - fotoceratite), é o efeito cumulativo de longos períodos expostos à luz solar que tem um efeito mais pernicioso sobre a visão,” começa por explicar o Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Manuel Monteiro Grillo.
De forma a evitar a ocorrência de problemas oculares, Manuel Monteiro Grillo em representação da SPO, recomenda algumas medidas de prevenção essências:
Exposição solar: Em primeiro lugar, deve-se evitar a exposição solar entre as 11h00 e as 16h00, intervalo de horas em que a exposição aos raios UV é bastante mais elevada.
Óculos de sol: Para uma maior proteção dos olhos é essencial o uso de óculos de sol com proteção UV, idealmente com lentes de proteção UV 100 por cento ou com a maior percentagem possível.
Chapéus e bonés: Os chapéus com abas e/ou palas também são uma ajuda na proteção dos olhos, uma vez que este acessório proporciona uma barreira sobre a radiação solar direta pela sombra que dá.
Atenção os medicamentos: Se está a ser medicado o cuidado deve ser redobrado, os seus olhos podem estar mais sensíveis à luz solar. São vários os medicamentos fotossensíveis mas destacam-se, por exemplo, alguns anti-histamínicos, antibióticos ou antidepressivos.
A SPO alerta ainda que se deve procurar imediatamente um oftalmologista caso, após exposição solar, sejam sentidos alguns destes sintomas:
- Olhos vermelhos;
- Ardor;
- Sensação de corpo estranho;
- Visão enevoada.