Conhecimento e envolvimento dos doentes é uma das armas no combate ao Lupus
“Aproveitamos este dia para sensibilizar as pessoas e os doentes a envolverem-se mais. Porque quanto mais a população e o doente souber sobre a doença, mais se pode ajudar a si e ao médico”, refere Carlos Vasconcelos, internista e fundador da Unidade de Imunologia Clínica do Centro Hospitalar do Porto (CHP). Porque embora a evolução tenha sido grande nos últimos anos, passando-se, confirma o especialista, do tradicional comentário “o sr. doutor é que sabe” para um crescente envolvimento na decisão clínica, a verdade é que é ainda grande o desconhecimento. “O doente tem o direito, mas tem também o dever de estar bem informado e de ajudar o médico.”
O Lupus é uma doença autoimune, em que o sistema imune, que normalmente protege o nosso corpo, se vira contra si próprio e o ataca, provocando inflamação e alteração da função do sistema afetado.
É uma das doenças de interesse do Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que a descreve como uma doença sistémica, ou seja, capaz de afetar muitos órgãos e sistemas diferentes, sobretudo elementos do sexo feminino (é oito a dez vezes mais afetado) em idades férteis.