Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra recebe 1,4 ME
Os quatro projetos financiados - FOIE GRAS, TREATMENT, METAFLUIDICS e REP-EAT – são consórcios internacionais de várias entidades académicas, empresariais, hospitalares e associativas.
“Aumentar a taxa de sucesso em projetos europeus e coordenar alguns deles foi uma das apostas da atual direção do CNC e estamos muito satisfeitos com o resultado”, refere o presidente do CNC, João Ramalho-Santos.
O projeto FOIE GRAS, do qual o CNC é o líder, beneficiará de 476.713 euros “para treinar investigadores sobre a síndrome do fígado gordo não alcoólico, promovendo simultaneamente a transferência para a sociedade do conhecimento adquirido”, explica a Universidade de Coimbra.
“A doença tem afetado um número crescente de indivíduos no mundo, contribuindo para aumentar o risco de diabetes, cirrose hepática e cancro”, sublinha.
Já o consórcio TREATMENT conta com 495.746 euros “para formar investigadores na avaliação de disfunções metabólicas observadas em alguns órgãos, nomeadamente no cérebro, músculo, fígado e tecido gordo, causadas pela toma prolongada de medicamentos na esquizofrenia, os quais poderão ter fortes impactos negativos na saúde e bem-estar dos doentes”.
Segundo a instituição, no projeto METAFLUIDICS, com 407.590 euros, o objetivo é “encontrar e estudar a funcionalidade de genes de enzimas com valor biotecnológico, bem como descobrir produtos metabólicos (por exemplo, antibióticos) a partir de bactérias que habitam ambientes de elevada temperatura (termófilos) ou de elevada salinidade (halófilos)”.
“Criar um programa de ensino e investigação doutoral no domínio interdisciplinar da alimentação, distúrbios alimentares e biologia da reprodução, capacitando jovens investigadores para um cruzamento holístico da investigação em saúde” é o que pretende o projeto REP-EAT, com um orçamento de 100 mil euros.
A Universidade de Coimbra considera que os cientistas do CNC envolvidos, nomeadamente Paulo Oliveira, Milton Costa, Eugénia Carvalho, Carlos Palmeira, João Ramalho-Santos e John Jones, “constituem um restrito grupo de sucesso, visto que estes projetos europeus apresentam reduzidas taxas de aprovação de 6% a 28%”.